Estou de saco cheio de carne podre nas prateleiras
Neste mercado da vida tem produtos perecendo
E não há inspetor suficiente para controlar o caos
A putrefação tomou conta da humana poesia
Tenho pena dos feridos da gangrena do ódio
Tenho lástima dos que vão à missa sem pecados
Não tenho compaixão pelos infames que amam só de pau duro.
Cuspo na cara do poema que fede a palavras vazias
Acabou senhores! O Poeta está sujo e imundo como todos.
A pestilência tomou conta das saudades e no seu lugar ficou um copo quebrado com gotas de sangue
Agora é o tempo das desertas miradas e nas miragens só aparecem anjos mutilados de amor
Acabou senhores! A poesia está corrompida pelas almas obsessas e vomita cacos de vidro no jardim da suas casas, coloquem seus coturnos!
FDP – 21 – 09 - 10
Recado da minha amiga Rô Smitt:
Quem terá coragem de descrevê-lo quando não mais estiver por aqui?
Poeta insano, visceral, há escorrer-lhe o fel nas palavras com volúpia, sêmem e
sangue. Homem de amor e ódio em dimensões tamanhas, que a terra lhe
foi pouca, quando quiseram enterrar-lhe!
Amei sua escrita, compactuo contigo, e cuspo na ignorância dos que tudo sabem
mas nada fazem. O pior ato é o omitido e não o praticado.
^^
Smith...obrigado Rô