sábado, 25 de setembro de 2010

Caem as máscaras do medo no final da tarde
Corpos andam nus e a orfandade do amor cega a sua fé
Quem recolherá as lágrimas de dor na poesia amputada?
Enterraram mistérios na procura de uma solidão iluminada
E nada colheram nos áridos desertos das suas desgarradas almas.
Rasgaram as peles nos rosais de espinhos rasos e o sangue coagulou como a palavra que esconde o medo
Nas mãos frias vão sentindo a mortandade do canto e espavoridos correm à um lugar que já não existe
Fizeram da raiva a sua oração e do perdão um poema sem rima engasgado na voz
Há rigidez no seu olhar e o horizonte é um ponto negro onde não existe possibilidade de fuga
Já cuspiram todo o fel que tinham guardado nas suas entranhas e agora o estomago grita a chaga do olvido
A espuma escapa dos seus dedos e esvai-se na agonia dos  sonhos abortados
Agora já é tarde, a praia está deserta.
FDP- 2010

6 comentários:

  1. Intenso... forte!

    Palavras que fazem pensar...
    Agradeço teu carinho meu amigo e deixo-te um beijo com um fim de semana mágico.

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  2. Muito intenso e forte seu poema,,,é o sentir livre da alma,,,dos desejos que andam soltos em versos....um belo final de semana prati amigo.

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  3. Vc não está só....estou em ti!


    Amo você!

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  4. Flávio, não se apoquente meu lindo. Abra os braços e sinta nosso amasso, abraço tipo 'amigo urso', bem caloroso! Te amamos.
    Passe lá em casa. Há um novo Texto que está esperandinho seu retalho!
    com amor e carinho,
    Sílvia
    http://www.silviacostardi.com/

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  5. É amigo, o mundo está realmente se tornando orfão de amor.
    E isso faz do mundo um lugar mais triste...
    Bjos achocolatados

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