quarta-feira, 22 de setembro de 2010



Estou de saco cheio de carne podre nas prateleiras
Neste mercado da vida tem produtos perecendo
E não há inspetor suficiente para controlar o caos
A putrefação tomou conta da humana poesia

Tenho pena dos feridos da gangrena do ódio
Tenho lástima dos que vão à missa sem pecados
Não tenho compaixão pelos infames que amam só de pau duro.
Cuspo na cara do poema que fede a palavras vazias

Acabou senhores! O Poeta está sujo e imundo como todos.
A pestilência tomou conta das saudades e no seu lugar ficou um copo quebrado com gotas de sangue
Agora é o tempo das desertas miradas e nas miragens só aparecem anjos mutilados de amor
Acabou senhores! A poesia está corrompida pelas almas obsessas e vomita cacos de vidro no jardim da suas casas, coloquem seus coturnos!
FDP – 21 – 09 - 10

Recado da minha amiga Rô Smitt:
Quem terá coragem de descrevê-lo quando não mais estiver por aqui?
Poeta insano, visceral, há escorrer-lhe o fel nas palavras com volúpia, sêmem e
sangue. Homem de amor e ódio em dimensões tamanhas, que a terra lhe
foi pouca, quando quiseram enterrar-lhe!
Amei sua escrita, compactuo contigo, e cuspo na ignorância dos que tudo sabem
mas nada fazem. O pior ato é o omitido e não o praticado.
^^
Smith...obrigado Rô

5 comentários:

  1. Nossa...
    Isso é um desabafo, ou uma agressão a alguem que merece ouvir.
    Espero que nenhuma das duas coisas, só o poeta em um momento de puro desvario.
    Que bom que voltaste, impossivel obscurecer a arte...Sem exibi-la, gritá-la ao mundo, ela morre...fenece!
    Bjos achocolatados e paz!

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  2. Parabéns pel casa nova!
    Abriu com chave de ouro!
    Parabéns meu lindo!
    com amor e carinho,
    Sílvia
    http://www.silviacostardi.com/

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  3. Puxa!!! Foi forte aqui...
    Gostei imenso!
    Obrigada pelo carinho e bem vindo.
    Beijo.

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  4. Um forte e poetico desabafo,,,,belissimo e profundo...abraços de bom dia.

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